Capsicum frutescens é uma espécie de 
pimenta que inclui as variedades 
pimenta-malagueta, 
pimenta-caiena e 
pimenta-tabasco (da qual se faz o 
molho Tabasco), entre outras. É um 
arbusto pequeno da família das 
solanáceas, gênero 
Capsicum, nativo de regiões tropicais da 
América. Este arbusto possui folhas ovais, acuminadas, flores alvas e 
bagas fusiformes, vermelhas, bastante picantes, utilizadas como condimento e excitantes do 
aparelho digestivo. Muito cultivado no 
Brasil, em 
Portugal, na 
África, e em toda a região sul da 
Ásia.
 
Também é conhecido pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piripíri.
 
História
Os primeiros europeus a ter contato com esta espécie foram os membros da tripulação que acompanhou 
Cristóvão Colombo quando desembarcaram pela primeira vez na região das 
Caraíbas em 1492. Além de ser uma iguaria nobre muito apreciada pelos antigos habitantes das 
Américas, era também utilizada como 
corante natural e, sobretudo, como medicamento.
 
O picante da 
capsaicina deve ter despertado o interesse de portugueses que há décadas buscavam a rara 
pimenta-preta da Ásia (a 
pimenta do reino, cujo químico activo do picante é a 
piperina). Ao tempo da chegada de Colombo ao Novo Mundo os portugueses comerciavam no 
Golfo da Guiné[1] uma especiaria muito popular como substituto da pimenta preta a que chamavam "malagueta", a 
Pimenta-da-Guiné (Aframomum melegueta), hoje em desuso. O nome 
malagueta foi então adoptado para esta nova "pimenta".
[2] 
No período de intensas trocas e viagens nomeado 
intercâmbio colombiano, navegadores portugueses levaram esta nova 
malagueta para Portugal e para o Brasil, onde ficou conhecida como 
pimenta-malagueta,
 para África, onde se tornou muito popular (jindungo ou piri-piri), e 
acabaram por a levar para a Ásia onde se tornou um ingrediente do 
tradicional 
caril. Menos de um século depois de ser levada para a 
Europa, a pimenta-malagueta devido às suas qualidades, se espalhou por diversas culturas ancestrais, incluindo a 
Arábia, a 
Índia, a 
Tailândia, a 
China,
 entre muitas outras regiões. A pimenta Malagueta trouxe sabores e cores
 especiais aos pratos e pode ser qualificada como um alimento plenamente
 integrado na cultura e nos costumes de diversos países do mundo.
 
 Propriedades nutricionais
Concentra em sua composição altos índices de 
vitamina C, 
ácido fólico, 
betacaroteno (
vitamina A), 
vitamina E, 
magnésio, 
ferro e 
aminoácidos, além de diversas substâncias anticancerígenas.
Ação metabólica
A ação da pimenta e seus efeitos no 
metabolismo
 humano acontecem da seguinte forma: Quando uma pessoa ingere um 
alimento apimentado a Capsaicina ou a Piperina estimulam os receptores 
sensíveis existentes na língua e na boca. Ao serem atingidos 
quimicamente por tais substâncias, esses receptores nervosos transmitem 
ao 
cérebro
 uma mensagem informando que a sua boca estaria sofrendo queimaduras. 
Imediatamente o cérebro gera uma resposta ordenando ações no sentido de 
salvá-lo do suposto fogo e, com isso, vários agentes entram em cena para
 refrescá-lo: a pessoa começa a salivar, sua face transpira e seu nariz 
fica úmido. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano
 físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estaria
 pegando fogo, começa a fabricar 
endorfinas que permanecem por um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar.
 
Além da coloração intensa e dos sabores picantes, associados aos 
caprichos e à sedução, a pimenta historicamente tem sido considerada 
como um suposto 
afrodisíaco. Já no século XVI era proibida aos jovens sob a suspeita de estimular a 
sensualidade.
 Mas tudo isso surpreendentemente pode ter fundamentos razoáveis, uma 
vez que a Capsaicina, ao provocar o aumento dos níveis de endorfina, faz
 com que o 
sistema nervoso central
 responda com uma agradável sensação de prazer e bem estar, além de 
elevar a temperatura corporal e ruborizar a face, condições propícias ao
 afloramento espontâneo da sensualidade.
 
Fonte: Wikipédia.