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quarta-feira, 11 de abril de 2012

História da Malagueta


  
Capsicum frutescens é uma espécie de pimenta que inclui as variedades pimenta-malagueta, pimenta-caiena e pimenta-tabasco (da qual se faz o molho Tabasco), entre outras. É um arbusto pequeno da família das solanáceas, gênero Capsicum, nativo de regiões tropicais da América. Este arbusto possui folhas ovais, acuminadas, flores alvas e bagas fusiformes, vermelhas, bastante picantes, utilizadas como condimento e excitantes do aparelho digestivo. Muito cultivado no Brasil, em Portugal, na África, e em toda a região sul da Ásia.
Também é conhecido pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo, nedungo e piripíri.

 

História

Os primeiros europeus a ter contato com esta espécie foram os membros da tripulação que acompanhou Cristóvão Colombo quando desembarcaram pela primeira vez na região das Caraíbas em 1492. Além de ser uma iguaria nobre muito apreciada pelos antigos habitantes das Américas, era também utilizada como corante natural e, sobretudo, como medicamento.
O picante da capsaicina deve ter despertado o interesse de portugueses que há décadas buscavam a rara pimenta-preta da Ásia (a pimenta do reino, cujo químico activo do picante é a piperina). Ao tempo da chegada de Colombo ao Novo Mundo os portugueses comerciavam no Golfo da Guiné[1] uma especiaria muito popular como substituto da pimenta preta a que chamavam "malagueta", a Pimenta-da-Guiné (Aframomum melegueta), hoje em desuso. O nome malagueta foi então adoptado para esta nova "pimenta".[2]
No período de intensas trocas e viagens nomeado intercâmbio colombiano, navegadores portugueses levaram esta nova malagueta para Portugal e para o Brasil, onde ficou conhecida como pimenta-malagueta, para África, onde se tornou muito popular (jindungo ou piri-piri), e acabaram por a levar para a Ásia onde se tornou um ingrediente do tradicional caril. Menos de um século depois de ser levada para a Europa, a pimenta-malagueta devido às suas qualidades, se espalhou por diversas culturas ancestrais, incluindo a Arábia, a Índia, a Tailândia, a China, entre muitas outras regiões. A pimenta Malagueta trouxe sabores e cores especiais aos pratos e pode ser qualificada como um alimento plenamente integrado na cultura e nos costumes de diversos países do mundo.

Propriedades nutricionais

Concentra em sua composição altos índices de vitamina C, ácido fólico, betacaroteno (vitamina A), vitamina E, magnésio, ferro e aminoácidos, além de diversas substâncias anticancerígenas.

Ação metabólica

A ação da pimenta e seus efeitos no metabolismo humano acontecem da seguinte forma: Quando uma pessoa ingere um alimento apimentado a Capsaicina ou a Piperina estimulam os receptores sensíveis existentes na língua e na boca. Ao serem atingidos quimicamente por tais substâncias, esses receptores nervosos transmitem ao cérebro uma mensagem informando que a sua boca estaria sofrendo queimaduras. Imediatamente o cérebro gera uma resposta ordenando ações no sentido de salvá-lo do suposto fogo e, com isso, vários agentes entram em cena para refrescá-lo: a pessoa começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estaria pegando fogo, começa a fabricar endorfinas que permanecem por um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar.
Além da coloração intensa e dos sabores picantes, associados aos caprichos e à sedução, a pimenta historicamente tem sido considerada como um suposto afrodisíaco. Já no século XVI era proibida aos jovens sob a suspeita de estimular a sensualidade. Mas tudo isso surpreendentemente pode ter fundamentos razoáveis, uma vez que a Capsaicina, ao provocar o aumento dos níveis de endorfina, faz com que o sistema nervoso central responda com uma agradável sensação de prazer e bem estar, além de elevar a temperatura corporal e ruborizar a face, condições propícias ao afloramento espontâneo da sensualidade.

Fonte: Wikipédia.
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